Momento intelectual
Como todos sabem nutro pelos livros e por tudo o que eles significam uma enorme estima, assim e como não poderia deixar de acontecer, lá foi o Ele Diz em direcção à feira do livro de Lisboa no sábado.
Neste evento que é o mais nobre na promoção da cultura nacional, onde os grande nomes sagrados se misturam com os profanos escritores de se trazer por casa.
Confesso que me delicio com aquele ambiente, com o cheiro a papel que ali se respira, com todo o ambiente do saber nacional em torno do parque Eduardo Sétimo, todo aquele altar em forma de ferradura, a qual é fechada pelas mais nobres editoras que, encabeçam o alto da colina trazendo ao público conhecimento, de que até ali, os egos dos escritores lutam por um lugar ao sol.
Nenhum escritor confessa que luta por um lugar no top de vendas, é tudo em prol da arte do bem escrever, da arte de dominar as palavras, colocando cada uma no local certo para assim lhe dar o significado pretendido.
Separadas, as palavras, nada nos dizem, porém juntas são capazes de nos alegrar, ou nos fazer chorar, ou até de nos levarem para outro local que apenas existe na nossa imaginação.
Resta ainda acrescentar que tudo o que acabo de escrever é uma tanga, pois sou totalmente contra o espectáculo anti-ecologista que ali se vive, estive lá para ver a miséria da raça humana, que sabe estar a destruir toda uma floresta e os seus animais para produzir papel e tudo isto, apenas, para satisfazer a hipocrisia de dizerem que é diferente ler algo no papel, tem outro toque, outro cheiro. Enfim, uma quantidade de desculpas dos que enchem aquele espaço com livros de como salvar o planeta, das tretas do mundo verde sem aquecimento global.
Meus senhores, quer queiram, quer não queiram, o futuro está nos livros em formato digital, deixem-se lá de tretas sentimentalistas que é por causa de pessoas como vocês que o mundo está a ser violentamente desflorestado.
Para terminar, e não menos importante, quero dizer que isto também foi mais uma treta para vos manter aqui a ler, quero lá saber do ambiente e da ecologia, é sempre melhor ir na onda do que lutar contra a corrente não é?
Estamos com falta de gente com verdadeira opinião neste país.
Na verdade apenas fui lá buscar farturas, acho que era no fundo o que toda a gente estava ali a fazer, não era?
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