Cabras ou Donzelas?
Preso entre espartilhos assim me sinto, minto, o espaço, esse, teima em abrir as águas pelas quais te sinto navegar sem rumo, prumo! Esse que de forma direita acaba sempre por desaguar em águas tortas, mortas, sem ar para respirar assim me sinto, minto, é apenas a vontade de ficar!
Queres ficar? Eu sei a resposta, mas teimo em perguntar, ventos passageiros de norte, traçam a nossa sorte a procura de um cais para ancorar.
Qual Atlântida prometida, nem que fosse de forma vendida, gostaria de a encontrar, envolto num cativeiro, eu vi ao longe um marinheiro que prometeu não me deixar naufragar.
Tudo mentiras ténues sem maldade, dão cabo da suposta felicidade, que juram a pés juntos sempre chegar, calma isso passa dizem elas, hipócritas sentinelas do mal dos outros a se alimentar, dizem: ohhh isso são novelas, de quem adora angustiar, cabras, ou simples donzelas, não posso contar com elas, pois não estão aqui para conversar.
Nunca me perguntaste quem eu sou, de onde vim, para onde eu vou.
Fraquezas de quem me sinto, minto, essa hora não vai chegar!
Entretanto continuo a pensar.
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